segunda-feira, 19 de novembro de 2012

E AGORA, PORTUGAL ?...

E agora, Portugal?...
©Joaquim Palminha Silva

A terra portuguesa tem o seu destino preso, neste momento, à sorte de uma batalha. A batalha resume-se à dívida externa e aos altos juros a pagar num curto prazo… Isto é, travamos uma batalha de resistência dolorosa, com os dias contados!

Amobilização autoritária dos corpos, quero dizer, a colheita de uma parte crescente (em aumento imparável) da riqueza produzida pela escassa multidão que ainda tem trabalha, não derivou da mobilização dos espíritos para a suposta batalha. Antes pelo contrário, apenas se avisou os portugueses, do alto do Poder de Estado, que tinham de despender parte dos seus rendimentos, enquanto forças tivessem para o conseguir, em favor do Estado, de forma a quer este pague ao agiota estrangeiro, o melhor que puder e souber o capital em dívida…

O drama desta batalha, na sua fase actual, é que os detentores actuais do Poder de Estado estão sempre corrigir as contas, nunca mais alcançam um número exacto de milhões de euros a recolher junto do contribuinte. O grande drama, que é uma consequência directa desta batalha desigual, é que face ao neo-pangermanismo anti-europeu, o Estado português apresenta-se não só fracamente domesticado, como fragilizado internamente, dada a ausência de um apoio colectivo que venha a amparar e a suportar alguma pressão suplementar, defensiva, sobre a crueldade e agiotagem estrangeira…

Exceptuando os naturalmente obrigados a apoiar tudo e mais alguma coisa, na verdade ninguém com consciência da resistência suicidária que se está a passar, pode concordar com o desempenho, a estratégia e os métodos de combate à crise por parte dos actuais detentores do Poder de Estado.

Franco-atiradoresisolados, estes cavalheiros e senhoras que servem o Poder de Estado em Portugal, parecem que foram pagos pelo agiota estrangeiro para falharem a pontaria consecutivamente… De facto, nunca mais acertam as contas e, semana sim, semana não, mês sim, mês não, lá nos vêm maçar com o cumprimento da dolorosa comunicação à Nação de mais um deslize, mais um lapso, mais uma“derrapagem” nestas e naquelas contas…

A terra portuguesa tem o seu destino preso, neste momento, à sorte de uma“batalha”, dissemos no princípio da crónica. Todavia, esta mesma batalha é antes de mais um combate desesperado pela sobrevivência material de uma Nação que se encontra extremamente fragilizada, doente! Isto é, pela sua sobrevivência económica, que é, naturalmente, a luta pela possibilidade de os portugueses continuarem a ser portugueses em Portugal, e não locatários de uma habitação penhorada fixa a um terreno que acabou de ser posto em hasta pública!

Mas ai de nós, se além de não possuirmos os milhões necessários para reconquistar Portugal para Portugal, andamos a aturar uns locatários do Poder de Estado que se consumem na subserviência ao estrangeiro, e na água chilra de uma política de emboscadas à Nação, às instituições cívicas, ao mundo do trabalho, sem inteligência nem nobreza.

Falemos claro e abertamente: - É urgente arrepiar caminho enquanto é tempo! Desviemos os olhos das misérias e aberrações interesseiras dos partidos (todos eles, no Poder central e no local!), que nos levaram a este desastre, e elevemo-nos para o ressurgimento da Nação, não nos deixemos arrastar para o belicoso (não se tenham dúvidas!) enxurro europeu que aí vem, com o abaixamento do nível político e do espírito solidário!

Já não se trata de mostrar os perigos que a União Europeia representa para uma frágil Nação, sujeita às ambições “imperiais” da Alemanha e seus compinchas… Acabemos com este lapso de miserável subserviência germanófila! É preciso negociar a saída da União Europeia quanto antes!

O“Lázaro português”, para se levantar e caminhar, exige um esforço colectivo permanente, precisa de restaurar forças com o tónico de instituições mais democráticas e transparentes! E os Governos, de uma vez por todas, lá por saem das urnas de voto, não devem julgar que estão autorizados a batalharem a toda a hora contra o Povo do Trabalho, para lhe extorquirem os rendimentos do trabalho em nome dos agiotas estrangeiros!

É preciso que os portugueses de juízo, efectivamente patriotas, acautelem o País contra as surpresas desagradáveis que aí vêm!

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