©Joaquim Palminha Silva
Nascemos para pintar o mar azul
com muitas velas brancas
e de norte a sul
cavalgar bravias ondas.
Nascemos talvez protegidos
desde a «Nau Catrineta»de saudade vestidos
tendo ao leme o poeta.
Praia da Europa
beira-mar d’almamarulham-nos à porta
mil vidas de espuma.
Tiraram-nos o mar
tempestade ou bonançafoi tirarem-nos o lugar
onde morava a esperança…
Somos hoje sussurro breve
marinheiros de pintura…- Que a Senhora da Guia nos salve
nesta triste aventura!
Eterna canção das ondas
areias finas de outrorafosforescências e lendas
foi-se tudo embora…
Ó grande mar atlântico
calvário prateado do português
banho de desgosto poético…
- Já só no Fado te vês!
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