“Um diálogo de burros”
Suponhamos que um contribuinte, do erário público, entra numa Repartição Pública, que pode ser a sua…, e exclama:
Quem foi o “burro” que me enviou este Aviso para pagar aquilo que já paguei?
Levanta-se um funcionário que diz:
Burro que muito zurra pede cabresto!
E, o diálogo entre os dois continuou assim:
Cte – Oh! É burro velho não recebe ensino!
Funcº - O burro não é tão burro como se pensa!
Cte - A burro velho albarda nova!
Funcº - Aqui, não se albarda o burro à vontade do dono!
Cte - Homem da Beira e besta muar têm sempre coices p’ra dar!
Funcº - O burro não se amansa: se acostuma!
Cte - O burro e a mulher, a pau se quer!
Funcº - Sabe o que diz o asno ao mulo? Tira-me daqui orelhudo!
Cte - Já reparei, usas gravata e como gravata de burro é chocalho!
Funcº - Antes excomunhão de vigário que bênção de pé de burro!
Cte - Quem afaga a mula recebe coices!
Funcº - A mula com afago, o cavalo com castigo!
Cte - Burro velho não toma andadura ou, se a toma pouco dura!
Funcº - Antes burro que me leve, que cavalo que me derrube!
Cte - O burro gosta de ouvir os seus zurros!
Funcº - Filho de burro pode ser lindo mas dá coices!
Cte - De pensar, morreu um burro!
Funcº - Quem burro vai a Roma, burro vai, burro vem!
Cte - Até lá morre o burro e quem o ensina!
Funcº - Burro que geme, carga não teme!
Cte - O burro é mau, indo para casa, corre sem pau!
Funcº - Mais vale burro vivo, que sábio morto!
O “burro” do contribuinte exclamou:
Paga e não “bufes”!...
O “burro” do funcionário replicou:
Isso era antigamente, agora “bufas” mas tens que pagar na mesma!...
QUE GRANDE BURRADA!...
Por MANUEL MAJOR
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