sábado, 5 de fevereiro de 2011

Poema de MANUEL MAJOR

As formigas

Um rancho de raparigas
Com chapéu de palha
E rosto embornicado
Pareciam formigas
Cantavam lindas cantigas
E trabalhavam sem fadigas

Eram as mondadeiras
Cheias de olheiras
Limpando as sementeiras

Com o seu corpo cansado
Não tinham um lamento
E a cada momento
O calor era um tormento
Mas…
Quando chega o vento
Este sopra a contento
E a seara e as suas ondas
Apreciam as mondas
Das raparigas formosas
Sempre desejosas
Que a brisa não acabe…

Do livro FARRAPOS VIVOS (Ainda em impressão)

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