quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Viagem Em Évora

Évora      

Classificada Património Mundial pela UNESCO em 1986 e considerada a “cidade-museu” de Portugal, Évora merece obviamente uma visita prolongada, um dia, no mínimo.

Para ganhar energias para a explorar, comece por se deter no Café Arcada, situado na Praça do Giraldo e prove uma (ou duas...) das suas famosas e deliciosas queijadinhas. À saída, no final das arcadas, é natural que se depare com um grupo de pessoas a ler com interesse aquilo que parece ser um edital camarário – mas afinal é o obituário, e muitos eborenses passam regularmente por ali para saber quem faleceu. Costumes.

Depois muna-se de uma planta e parta à descoberta dos monumentos mais relevantes, como a Sé, um dos melhores exemplos do estilo de transição românico-gótico (séculos XII-XIII); o templo romano, relíquia monumental única do país e impropriamente conhecido por Templo de Diana, que foi edificado nas primeiras décadas do Século I; as muralhas medievais, com mais de três quilómetros de extensão; a Capela dos Ossos, no edifício contíguo à Igreja de São Francisco, pouco recomendada a pessoas mais sensíveis por se encontrar, como é sabido, revestida por esqueletos. Para uma viagem a um passado mais distante, deixe o centro e dirija-se à freguesia de Guadalupe, a 12 quilómetros a oeste de Évora, para ver o Cromeleque dos Almendres, considerado o maior conjunto de menires da Península Ibérica e cuja origem remonta ao fim do IV milénio.

Tamanho passeio ter-lhe-á aberto o apetite e ainda bem, pois assim pode conhecer outro ponto de interesse da cidade. É o restaurante Dom Joaquim e em pouco meses (inaugurou em Março) conseguiu conquistar um lugar de destaque na oferta gastronómica local, tendo já sido nomeado para um prémio atribuído aos melhores do Alentejo. Não admira: o Joaquim – o Dom da designação do restaurante surgiu do nome de uma cadeira do Palácio de Vila Viçosa, chamada Dom Joaquim – criou um espaço que oferece uma boa relação qualidade/preço, com uma decoração simples mas cuidada e, sobretudo, uma carta que apela, toda ela, ao pecado da gula. Prove o arroz de lebre, ou o borrego assado, ou as migas de espargos verdes com carne no alguidar, ou a sopa de cação... e termine com um Fidalgo, sobremesa que associa trouxas-de-ovos e ovos-moles.

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