quarta-feira, 18 de maio de 2011

O SILÊNCIO GRITOU

O SILÊNCIO GRITOU

Aos trinta, ainda tinha
No rosto, beleza apurada
E uma tristeza persistia.
sentiu-se por dentro surrada
por fora sinais não visse,
Desejo vago que ainda temia.

Grilhetas que fechavam
Os olhos ao coração,
E um leito em desalinho.
À mordaça disse não
Viu novo horizante
Para além do seu cantinho.

Agitou o seu silêncio
Orgulhosa! Juntos gritaram
Até ferirem os ouvidos.
Denunciados e vincados gestos
Teimosamente conseguidos.

Não deu dias à mentira
Luz que não tapou
Por nada acontecer à verdade.
Palavra que de lutar deixou,
P'la harmonia conquistada
Trocou submissão por liberdade

JULIO AMARAL

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